
Estava hoje a fazer o meu lanche, no intervalo do trabalho, quando passei os olhos por um jornal de distribuição gratuita, o "METRO"... Qual o meu espanto quando vejo o título "Lares recusam idosos com VIH"... http://www.readmetro.com/
Em pleno século XXI existe ainda discriminação a seropositivos???
Não há já informação suficiente acerca da doença???
De acordo com o Instituto Ricardo Jorge estão notificadas no nosso país 2411 pessoas seropositivas com mais de 55 anos. A evolução das terapêuticas trouxe um aumento da esperança de vida dos seropositivos, no entanto ainda existem pessoas, ao que parece, que não sabem como lidar com estes doentes..
É mais uma vergonha para o nosso país, a pobreza de espírito é sem duvida a maior de todas a pobrezas... Nestes lares inventam desculpas para não acolherem idosos seropositivos ou pedem quantias exorbitantes pois assim sabem que se livram do "problema".. A Liga Portuguesa Contra a Sida conhece vários casos de discriminação, que acredita serem ampliados com a falta de respostas dos serviços sociais. A Liga recorre várias vezes aos serviços da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, mesmo não sendo apologista da separação definida pela instituição nos finais da década de 80 (seropositivos vs não seropositivos). Hoje a Misericórdia mantem dois lares para doentes seropositivos com graves problemas socio-económicos. Estes lares da Casa da Misericórdia foram criados quando a discriminação era assumida, mas a Misericórdia tinha a esperança que esta medida se tornasse obsoleta à medida que a informação chegasse às pessoas. No entanto 19 anos volvidos, os comportamentos discriminatórios mantêm-se...
Como se não bastassem os danos causados pelo VIH/SIDA, a discriminação contra as pessoas relacionadas com o vírus está também a fazer algumas vítimas. O estigma deve-se à falta de informação a respeito dos conceitos de VIH/SIDA e da forma como o vírus é transmitido. O estigma é também causado pelos preconceitos que as pessoas têm acerca do VIH/SIDA: que estão relacionados com o sexo e com as drogas, e também com actividades tabú, como as relações sexuais pré-matrimoniais ou homossexuais, a prostituição e as drogas injectáveis. O estigma contra o VIH/SIDA produz discriminação. A discriminação é o tratamento injusto que recebem as pessoas relacionadas com o VIH/SIDA: os seropositivos, os seus parentes e amigos. Até mesmo as pessoas que não têm qualquer ligação real com a doença, mas que fazem parte de grupos habitualmente associados ao VIH/SIDA são alvo de estigmatização. O estigma e a discriminação provêm do medo e da incompreensão. Muitas vezes, o medo e a incompreensão fazem parte de uma cultura e consequentemente são considerados socialmente aceitáveis. O ESTIGMA E A DISCRIMINAÇÃO NÃO SÃO ACEITÁVEIS. Silenciam indivíduos e comunidades e levam a que as pessoas evitem fazer testes ou revelem o seu estado de seropositividade. Impedem que as pessoas façam perguntas importantes e obtenham boas respostas. Por causa disto, as pessoas não querem falar sobre sexo ou sobre o VIH/SIDA, o que significa que não estão a aprender como se devem proteger. Da mesma forma que continuam sem saber que as pessoas com VIH/SIDA não representam qualquer ameaça à sociedade. Discriminar é arruinar a vida dessas pessoas. SER LIVRE DE DISCRIMINAÇÃO É UM DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL. Isto significa que nunca está certo magoar alguém porque é seropositivo; ou tirar-lhe dinheiro, o emprego ou a casa. O VIH/SIDA são problemas de saúde graves. O estigma e a discriminação tornam esta situação devastadora tanto a nível emocional como financeiro - para indivíduos e comunidades inteiras. Como combater a discriminação? Fala abertamente. Fala sobre sexo, fala sobre drogas, fala sobre o VIH/SIDA. Não é fácil, mas se te queres proteger, a ti e aos teus parceiros, e até mesmo à tua comunidade, é importante que fales deste assunto.
Para todos quantos continuam a discriminação a doentes seropositivos INFORMEM-SE
HOJE POR ELES AMANHÃ POR TI